domingo, 16 de junho de 2019

O Monge e o Executivo: James C. Hunter


Esta é a minha primeira resenha que faço para internet , já fiz outras resenhas na época da faculdade, apesar de "O Monge e o Executivo" ser um livro muito lido nas universidades, no ano de 2004 quando ainda estudava Comunicação Social estava sendo publicado os primeiros exemplares, em 2005 eu já fazia o meu TCC e lamento não ter lido.

Somente por volta do ano de 2007 meu irmão e minha mãe que havia voltado a estudar compraram um exemplar para fazer trabalho da faculdade, sempre ajudava minha mãe com os trabalho e acho que li o livro, mas naquele momento não fez muito sentido pra mim, meu irmão se tornou fão de James Hunter, estes dias quando contei a ele que ganhei o livro, ele disse que já tínhamos em casa, engraçado que não me lembrava.


O Monge e o Executivo- Rio de Janeiro, Sextante, 2004 

O exemplar que li foi dado por um amigo, durante a visita a um bazar beneficente minha mãe contou a alguém que eu estava escrevendo alguns textos para internet, ele então disse que gostaria de me ajudar e que trabalhava em uma agência de marketing, eu adicionei o contato no meu whastapp, conversamos e contei a ele que tinha alguns blogs, mas não conseguia anúncios, me formei em comunicação e não trabalhei na área, depois me formei também em Letras, trabalhei como eventual em escolas públicas, mas não passava no concurso, e não tinha pontuação, depois veio o impeachment, ainda quero fazer o concurso.

Mas apesar de tantos acontecimentos em minha vida profissional, eu estava gostando muito do que fazia escrever para a internet, contei a ele que já havia procurado fazer muitas coisas, mas gosto de escrever e acho que este é o caminho no momento, ele me falou de um curso e também me deu o livro "O Monge e o Executivo" para ler. Eu disse ok, acabei fazendo um trabalho pra agência de marketing, o curso eu deixei para depois , comecei a ler o livro, nos primeiros dias eu devorei o conteúdo, mas depois acabou que eu fui perdendo o interesse e o livro foi esquecido durante alguns meses.


 Retomando a Leitura do Livro "O Monge e o Executivo" 

Minha mãe é impressionante ela lê muito rápido, gosta de livros espiritas, e em um momento de aflição conversou com uma pessoa desconhecida, que lhe indicou dois livros para ler, romances espíritas, minha mãe trouxe dois livros para a casa e me deixou um para ler, a noite eu comecei a ler o livro, mas era muito grande, pensei vou ler um ou dois capítulos a cada dia, li alguns capítulos do livro, fechei as páginas marcando com as orelhas do livro aonde havia parado.

Depois de fechar as páginas do romance espírita, me recordei que havia deixado alguns livros fechados da mesma maneira, no capítulo que parei , separados com a orelha do livro, peguei "O Monge e o Executivo" e comecei a ler novamente. Li um capitulo onde o monge falava sobre compromisso e utilizava a metáfora de plantar um jardim para explicar conceitos sobre liderança, interrompida as explicações sobre compromisso, palavra que também estava presente no romance espírita. Simeão ( o monge)  passa a utilizar o exemplo do crescimento de uma planta para falar sobre cuidar e mais especificamente prestar atenção em outras pessoas e ouvir.


O Ambiente: Capítulo Cinco  

No dia seguinte fui eu e minha mãe tomar um passe, no final da palestra após o passe, eu esperava minha mãe que foi buscar a água fluidificada no palco, eu fiquei olhando para a mesa, e não sabia bem o que fazer se eu ia buscar a água que estava lá em cima, minha mãe tomou a iniciativa e foi, no mesmo instante uma pessoa chegou até mim e disse :

- Mandaram te entregar.

Era um vasinho de flor, fiquei muito envergonhada, confirmei se era mesmo pra mim e a pessoa apenas disse mandaram te entregar, minha mãe retornou e eu contei pra ela, ficamos nos perguntando quem havia mandado entregar a plantinha e me lembrei do livro e do capitulo que li na noite anterior sobre "O Ambiente".

Também lembrei que tinha que fazer muitas coisas, um curso que já havia iniciado, esqueci quem havia me dado o livro, mas logo que cheguei em casa  me lembrei de contar a meu amigo o que havia acontecido, depois me recordei que o livro havia sido um presente dele quando conversamos.  Me lembrei também que quando iniciei a leitura do livro iria fazer uma resenha para postar no blog, tive a certeza que este livro é o certo pra minha primeira resenha na internet, e que teria uma história pra contar.


Resenha
 " O Monge e o Executivo"


O Monge e o Executivo é um livro narrado em terceira pessoa, com muitos trechos descritivos sobre fatos, situações e lugares, a narração é feita por James C. Hunter, autor do livro, um executivo que apesar de bem sucedido nos últimos anos tem enfrentado muitos problemas no trabalho e na vida amorosa com a esposa, família e filhos. 

James C. Hunter faz uma narrativa sobre os sete dias que viveu em um mosteiro, sobre as regras do local com horários rígidos e uma linda paisagem, além do executivo e o monge palestrante também integram o grupo outros personagens convidados para o evento, um general do exército americano e uma enfermeira e um pastor o grupo inicia uma reflexão sobre a liderança ideal que é tema do livro " O Monge e o Executivo". 

O capítulo um do livro já tem início com James Hunter no seu primeiro dia de mosteiro, então é importante ler Prefácio e Prólogo do livro, onde o autor explica o motivo pelo qual escolheu deixar a empresa e os empregados para passar uma semana em um mosteiro. 

Apesar de seu setor não vender bem James Hunter era um homem bem sucedido e seguro de suas ações, não se sentia ameaçado e tão pouco culpado pelo baixo desempenho do setor em que trabalhava, o que mais lhe incomodava era a família, a esposa (Rachel) sempre reclamava que não recebia atenção e ele não conseguia exercer autoridade sobre os filhos. 

A esposas de James Hunter é que sugere a visita ao mosteiro, ele é convencido pela esposa quando sabe que quem vai ser o palestrante é um ex- executivo famoso nos Estados Unidos da América, que deixou negócios bem sucedidos para se tornar monge, é por este motivo que James Hunter resolve tirar uma semana de folga do trabalho para um retiro e crescimento espiritual. 



Capitulo I: As Definições

O primeiro capitulo é marcado pela apresentação das rotinas do mosteiro para James Hunter, ao acordar ele ainda sente-se cansado e deseja dormir mais um pouco, no entanto o mosteiro tem regras rígidas e isto não é possível, além disso não são tolerados atrasos na chegada das palestras. 

Um outro fato marcante do Capítulo I é o sonho de James Hunter, desde criança James Hunter sonha com uma passagem bíblica onde Simeão, o personagem bíblico se apresenta para ele, o autor do livro se espanta quando o novo nome do ex- executivo é revelado para ele Simeão, é o nome escolhido por Leonardo Hoffman (ex- executivo) para a vida no monastério. 

James segue para a capela onde serão ministradas as palestras todos os dias, com início as cinco horas da manhã, o monastério está localizado no auto do lago Michigan, nos Estados Unidos da América, durante a primeira aula todos os personagens são apresentados: 

O Monge Simeão, James Hunter, John Dailly (pastor), Greg (jovem sargento do exército), Kim (enfermeira) e Teresa (Professora). Neste capítulo também é discutida a necessidade de ouvir e de falar, principalmente ouvir o que os outros tem a dizer, para James Hunter limpar a mente para poder ouvir as pessoas, James é um home ansioso, com muitas informações a cerca do mundo a sua volta. 


Capítulo II: O Velho Paradigma 

Neste capítulo é discutido traumas de infância, relatando caso citado pela enfermeira de uma menina ainda pequena que sofre uma agressão ou abuso, trazendo para o mundo dos negócios o velho paradigma para a criança é que todo homem não é confiável, a desconfiança da menina é carregada durante a vida adulta, uma maneira de se curar o abuso sofrido é trazer para sua vida, novos paradigmas onde ainda existem pessoas confiáveis. 

Partindo deste ponto de vista o grupo encontra uma Pirâmide do Novo Paradigma, que ao contrário do Velho Paradigma encontra-se invertida e deve ter os seguintes valores iniciando pela  base invertida: 

Cliente
Associados (Empregados)
Supervisores
Gerentes Intermediários
Vice-Presidente
Presidentes


Capítulo III: O Modelo 

O terceiro capítulo tem início com um desabafo de James Hunter a cerca de um desentendimento com o general, depois a palestra ou aula continua partindo de uma definição e modelo encontrado na aula anterior do Novo Tipo de Liderança, a professora cita como exemplo Gandh, e mais uma definição é encontrada pelo grupo:Liderança,  Autoridade e a nova definição Serviço e Sacrifício, seguida de Amor e Vontade.

Simeão completa a fala de Teresa, parabenizando-a pelo exemplo e diz que para ser um bom líder também é necessário Amor e nada adianta dizer algo e não fazer por isso acrescenta Vontade a uma nova pirâmide invertida. Apesar de retomarem a Pirâmide de Maslow o grupo se concentra em encontrar uma receita para forma de liderança ideal:

Liderança 
Autoridade
Serviço Sacrifício
Amor 
Vontade 

Capítulo IV: O Verbo

Neste capítulo é necessário entender a palavra amor dentro do contexto da empresa e do mundo dos negócios, o verbo é o amor, e é chegada a hora em que Simeão apresenta o exemplo de Jesus Cristo, seu sacrifício e serviço, o home como servo de Deus deve seguir os ensinamentos de Jesus Cristo. 

O grupo então cria uma lista onde a Autoridade e Liderança é compara ao Amor Ágape: 

Honesto, Confiável- Paciência ( Ágape)
Bom Modelo- Bondade (Ágape)
Cuidadoso- Humildade (Ágape)
Comprometimento- Respeito( Ágape)
Bom Ouvinte- Abnegação (Ágape)
Mantém Pessoas Responsáveis- Perdão (Ágape)
Trata as Pessoas com Respeito- Honestidade( Ágape)
Incentivar as Pessoas- Compromisso (Ágape)
Atitude Positiva e Entusiástica
Gostar das Pessoas 

A partir deste capítulo cada um dos itens identificados são estudados, a honestidade é um item fundamental, a paciência uma demonstração de autocontrole, um bom líder deve querer que as pessoas cresçam, agir com bondade e comprometimento com as ações da empresa e com os ensinamentos de Deus, a Bondade se resume em dar atenção as pessoas, ouvir e conhecer suas expectativas.

No ambiente familiar é necessário ouvir nossos filhos e exercer a autoridade de maneira harmoniosa ou da mesma maneira que agimos com nosso liderados, dando importância as suas expectativas, ouvindo e tratando com respeito, a Humildade está relacionada ao ser autentico. 

Simeão fala sobre a Humildade e Autenticidade de maneira que uma pessoa arrogante não permite que as outras pessoas a conheça, muitas vezes um líder bem preparado fica escondido atrás de sua arrogância impedindo que seus liderados o conheça e deixando cada vez mais características de sua personalidade de lado. 

Amor e Liderança
Paciência: Mostrar Auto Controle
Bondade: Dar Atenção, Apreciação e Incentivo
Humildade: Ser Autêntico, Sem Pretensão 
Respeito: Tratar os outros como pessoas importantes
Abnegação: Satisfazer as Necessidades do Outro
Perdão: Não se ressentir quando for enganado
Honestidade: Ser livre de engano
Compromisso: Sustentar Escolhas
Resultados- Serviços e Sacrifícios: Pôr de lado suas vontades e necessidades, buscar o bem maior para os outros  



Capítulo V: O Ambiente

O ambiente é citado por Simeão durante uma discussão sobre um dos últimos itens da lista "Amor e Liderança", o item compromisso, Simeão então diz que quer falar sobre um jardim, como cultivamos o jardim, sobre o crescimento das plantas. 

Um ambiente harmonioso poderia ser um ambiente onde as pessoas pensam positivo, mas Simeão cita o exemplo do crescimento da planta, especialmente relacionada ao Tratar as Pessoas Como Pessoas Importantes. 

Em cada ação do cultivar a planta regar, adubar, abrir as janelas para que receba luz solar está uma ação em prol do crescimento da plantinha, Simeão ainda diz que não existe um motivo para que isto aconteça, a planta e tudo que deve ser feito para que cresça é obra de Deus, não existe explicação, sabemos que devemos cuidar apenas para que a planta cresça. 


Capítulo VI: A Escolha

Neste capítulo a uma longa conversa sobre problemas na fábrica e principalmente sobre agir segundo as práticas comuns (práxis) , chegando a conclusão de que agir segundo a práxis ou a práxis em si é uma escolha do fazer, agir de acordo com o esperado ou o inesperado também pode ser considerado uma práxis. 

" ...Embora os genes e o ambiente tenha efeito sobre nós, ainda somos livres para fazer nossas próprias escolhas..."

Simeão conclui que o ser humano pode fazer escolhas diferentes e tronar-se mais habilidoso, um líder melhor, praticando o que é correto com o propósito de trazer o que foi discutido para a prática no cotidiano, a medida que isto acontece o ser humano avança um estágio até que no último, as ações corretas serão praticadas naturalmente e não mais é necessário pensar para trazê-las para o cotidiano. 


Capitulo VII- A Recompensa

Neste capítulo o grupo assiste a última aula, James Hunter já sente-se melhor, a medida que os capítulos passam cada vez mais o monge escreve e faz conclusões a respeito do que foi dito pelo grupo, James cada vez mais é capaz de ouvir, sente-se confortável com as regras do mosteiro e conclui que as paisagens jamais serão esquecidas. 

"Disciplinar-se para liderar com autoridade parece uma declaração de missão pessoal"

Simeão alerta que as pessoas antes mesmo de aderir a uma missão da empresa, adere ao líder, o líder é a primeira identidade dos funcionários dentro de uma empresa, James assiste a aula e depois almoça, a noite sua esposa viria busca-lo para ir embora. 



Epílogo- A despedida do monge e do executivo 

O capítulo VII se arrasta até o Epílogo, onde James Hunter deixa o mosteiro, a medida que o último dia acaba e a última aula é apresentada,  James vê as pessoas ir embora mas precisa dar um abraço em seu amigo, na última aula vê sua oportunidade e o ex- executivo em ação, falando sobre os problemas da empresa, no entanto não consegue traçar um plano de dar um último abraço no amigo. 

James chega ao estacionamento, com a certeza de que foi predestinado a viver aqueles momentos, porém não consegue encontrar Simeão , é quando ele avista um monge próximo ao lago Michigan ele sobe as escadas, desce até o lago para se despedir, com um abraço não consegue evitar as lágrimas que correm em seu rosto. 

A esposa de James é a última a chegar no estacionamento, James aguarda um longo tempo observa a despedida de cada pessoa do grupo, a rotina do monastério, até que o carro aponta em meio a poeiro no estacionamento, James recebe a esposa com um longo abraço e com a certeza de que deixara um grande amigo no monastério, Simeão .